Citado pela primeira vez no ano de 1782, o capacitor é um dos componentes elétricos mais utilizados na área, principalmente na criação de circuitos eletrônicos por ter uma incrível funcionalidade de aplicação. Com ele, menos se torna mais, pois o seu tamanho pequeno não condiz em nada com toda a sua importância e versatilidade.
E você, profissional ou estudante da área de elétrica e eletrônica, ficou curioso para conhecer mais sobre esse componente tão poderoso? Então confira aqui todos os itens essenciais sobre o capacitor: o que é e principais tipos para você expandir seu conhecimento!
O capacitor, também conhecido como condensador ou acumulador, é um componente eletrônico que tem a capacidade de armazenar cargas elétricas ao ocorrer uma diferenciação no potencial elétrico em seus terminais. Os capacitores podem ser encontrados com facilidade em praticamente todos os circuitos elétricos de hoje, pois são componente simples e possuem alta utilidade.
Falando agora de sua composição, este componente é sempre formado por dois terminais separados por um material do tipo dielétrico. Entretanto, é preciso se atentar que existem capacitores com diferentes capacitâncias e até mesmo formatos e, por isso, é necessário escolher com cuidado o tipo de capacitor que você irá utilizar, sendo ele o mais adequado para o seu projeto em específico.
Para que a funcionalidade principal ocorra, é formado um campo elétrico entre as suas placas ao que o capacitor é conectado a uma diferenciação de potencial. Essa ação permite que cargas sejam armazenadas em seus dois terminais, pois o material dielétrico entre eles irá impedir a passagem de cargas elétricas.
Embora todo capacitor tenha dois terminais e um material dielétrico, é possível encontrar diferentes tipos deste componente disponíveis no mercado. Alguns dos tipos de capacitores mais comuns são:
Capacitor eletrolítico
É um dos mais utilizados no ramo e o tipo mais conhecido pelos profissionais da área. Em sua composição, é possível encontrar duas folhas de alumínio e duas folhas de papel com eletrólito, enroladas juntas. O uso desse eletrólito passa a ser chamado de protocapacitor e será conectado a uma fonte de corrente, resultando em uma oxidação do ácido na placa de alumínio. O capacitor eletrolítico possui capacitância de 0,47 uF até um valor máximo de 10 mF.
Capacitor variável
Os capacitores variáveis podem ser subdivididos em dois grupos: capacitores de sintonia e diodos de capacitância variável.
O primeiro grupo é dedicado aos capacitores com função de utilizar uma construção mecânica para alterar a distância entre as placas (ou da superfície de suas áreas), fazendo uso do ar como dielétrico.
O segundo grupo, dos diodos de capacitância variável, também conhecidos como varicap e varactor, são os capacitores que fazem uso da variação que ocorre na espessura da camada de depleção de um diodo de acordo com a tensão contínua que o atravessa.
Capacitor de cerâmica
Esse tipo de capacitor normalmente pode ser encontrado em um formato de disco pequeno e possui uma composição simples, formado por um material dielétrico de cerâmica do qual conta com um alto poder isolante em seus dois lados metalizados.
Capacitor de tântalo
Diferente da opção em alumínio, estes capacitores de tântalo (ou tantálio) possuem um valor mais elevado, entretanto são essenciais em circuitos que necessitem que a capacitância tenha frequência e também temperatura constante. Eles são capacitores eletrolíticos que utilizam o tântalo em seus eletrodos, possuindo tamanho compacto, ideal em dispositivos pequenos.
Capacitor de poliéster
Os capacitores feitos de poliéster também não contam com polaridade alguma, porém possuem uma alta capacitância que os tornam componentes ótimos para utilizar em circuitos com altas potências. Nesse tipo, o material dielétrico é de plástico e se apresenta envolto entre conectores de metal. Por ter esse tipo de material em sua composição, este capacitor conta com uma vida útil superior ao demais e uma alta tolerância a temperaturas elevadas.
A criação dos capacitores
Em outubro de 1745, o físico alemão Ewald Georg Von Kleist realizou um experimento onde foi descoberto que era possível armazenar uma carga ao conectar, por um fio, um gerador de alta tensão eletrostática a uma jarra de vidro contendo água. Ao segurar a jarra, tanto a água quanto a mão do físico tornaram-se condutores, enquanto a jarra agiu como um isolante elétrico (ou seja, um dielétrico).
Somente um ano após a sua descoberta, foi criado um capacitor com características semelhantes na Universidade de Leiden por Pieter Van Musschenbroek, um físico holandês. O invento foi chamado de Jarra de Leiden, entretanto, a primeira pessoa a combinar diversas jarras em conjunto foi Daniel Gralath.
O uso da Jarra de Leiden foi muito comum até meados de 1900, quando surgiu a necessidade por capacitores padrões e de baixa frequência por conta das transmissões de rádio. Mas é em 1782 que a primeira menção aos capacitores pode ser encontrada, utilizado pelo físico-químico Alessandro Volta para se referir a um dispositivo com capacidade de armazenar maiores densidades de carga elétrica quando comparados a um condutor isolado.
Conclusão
Originários da Jarra de Leiden, os capacitores são pequenos componentes elétricos que possuem a função de armazenar cargas em seus dois terminais por terem um material do tipo dielétrico, com alta funcionalidade e de diferentes tipos.
Agora é a sua vez! Você já conhecia todas as funcionalidades de um capacitor? Compartilhe conosco a sua experiência, conhecimentos e opiniões sobre esse importante componente!